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Apesar de nos trazer à lembrança sua ligação com a culinária italiana, o tomate tem origem na América do Sul, numa área que hoje abrange Equador, Peru e Bolívia. A palavra tomatl significa “fruto gordo” na língua asteca, e era amplamente cultivado e consumido pelos povos pré-colombianos (astecas, incas e outros).
É possível que o tomate tenha chegado ao conhecimento do povo europeu através das embarcações hispânicas no início do século XVI, era das grandes navegações e da descoberta do Novo Mundo. De início, era aproveitado apenas para utilização ornamental. Visto com certa desconfiança pelos cozinheiros da época, o tomate era associada à família da mandrágora, que possui espécies tóxicas.
Os primeiros relatos de seu consumo gastronômico, na Espanha e na Itália, também datam do século XVI. No entanto, somente no século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em escala cada vez maior, principalmente na Itália, depois na França e na Espanha. Os italianos, ao adotar o tomate, logo chamaram os primeiros frutos de pomo d’oro (fruto de ouro).
A fruta finalmente ganhou popularidade depois que os povos do sul da Europa declinaram sobre aquela suspeita de ser tóxico, tornando-o um dos principais ingredientes da culinária mediterrânea. No Brasil, o tomate tornou-se tão importante na alimentação que tem um dia especial no calendário: 1o. de fevereiro.
Nos dias atuais, os cientistas descobriram muitos benefícios do tomate. Dentre eles, a quantidade de licopeno contido na fruta. Essa substância faz parte do grupo dos carotenoides, que estimulam o sistema imunológico, fortalecem cabelos e unhas e dão elasticidade à pele. Além disso, possui antioxidantes, que combatem o envelhecimento precoce. O licopeno também protege o sistema cardiovascular e em alguns testes se mostrou eficaz na prevenção do câncer de próstata.
Finalmente, uma dica de consumo: para aproveitar melhor as propriedades do licopeno, use o tomate em molhos e em receitas que levam o fruto aquecido, isso facilita a assimilação da substância.